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A spirulina ao longo do tempo

A spirulina (Arthrospira platensis) é uma cianobactéria multicelular, conhecida como “alga azul”. Pioneira na fotossíntese, existe há mais de 2,7 bilhões de anos, ajudando a formar a camada de ozônio e uma atmosfera rica em oxigênio, essenciais para a biodiversidade. Até hoje, é encontrada em lagos salinos de águas mornas nas regiões tropicais.

 
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Na América, Toltecas, Maias e Astecas foram grandes consumidores de spirulina. Durante a expedição dos conquistadores ao México em 1519, Bernal Diaz del Castillo descreveu um bolo chamado “tecuitlatl,” feito com spirulina e muito apreciado por sua capacidade de fornecer energia e resistência. 

Na África, a spirulina também é consumida há séculos pelo povo Canembus, que vive ao redor do Lago Chade. Até hoje, as mulheres coletam a spirulina das margens do lago e a transformam em um biscoito seco conhecido como “dihé.”

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Em 1964, cientistas belgas, durante uma expedição transaariana, coletaram spirulina no Lago Chade e realizaram as primeiras análises químicas detalhadas.

 

Essas amostras permitiram a primeira pesquisa sistemática sobre sua fisiologia e requisitos de crescimento, servindo de base para a produção em larga escala.

 

Desde 1970, diversos estudos nutricionais e medicinais têm comprovado os inúmeros benefícios da spirulina para humanos e animais.

 
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A comercialização da spirulina se concentra em duas espécies: Arthrospira maxima e Arthrospira platensis. As cepas mais conhecidas são a Lonar, originária da cratera de Lonar, na Índia, e a Paracas, do oásis de Huacachina, no Peru.

Embora apresentem pequenas diferenças na forma e flutuação, suas características nutricionais são praticamente idênticas.

Em 2015, o mercado global de spirulina atingiu 11.336 toneladas, com previsão de crescimento de 13,6% entre 2019 e 2025. A produção em larga escala está concentrada principalmente na China, nos Estados Unidos e na Índia.

Na França, predominam fazendas artesanais ou semi-industriais, com mais de 200 unidades em operação. Já no Brasil, a produção é limitada, com apenas 4 fazendas de pequeno a médio porte.

Embora a produção em tanques seja predominante, também existe cultivo em fotobiorreatores tubulares, uma alternativa mais tecnológica e controlada.

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